quinta-feira, setembro 15, 2005

Entrevista Vanessa da Mata


Uma das cantoras de maior destaque no cenário atual da música popular brasileira, com dois discos gravados e mais de 250 composições registradas, a mato-grossense Vanessa da Mata foi uma das atrações do 7º Festival de Inverno de Lençóis, que movimentou a Chapada Diamantina de 8 a 11 de setembro. A cantora, que lançou recentemente seu segundo CD 'Essa boneca tem manual', conversou com a equipe do iBahia.
por Silvia Resende - silvia@portalibahia.com.br

iBahia - Primeira vez no Festival de Inverno. Como foi para você tocar numa cidade histórica como Lençóis?
Vanessa da Mata - A expectativa era enorme, pela riqueza natural do lugar, sua história, as pedras preciosas. Eu sempre ouço mais falar da atualidade, do que restou de natural e bonito, do que da história e da extração de pedras preciosas. Quem bom que restaram coisas boas. Eu espero que as pessoas tenham gostado do show.

iBahia - O repertório para esse show foi especial?
VM - Eu tenho um carinho muito grande pela Bahia. Minha avó é baiana. Toda vez um canto uma coisa especial na Bahia.

iBahia - Você fez uma trilha hoje pelo Serrano. Como foi a experiência? Você é esportista?
VM - Eu já fui muito esportista, já joguei basquete profissional, mas foi muito passageiro, eu era muito grande e preguiçosa, só queria fazer cestas de três pontos... (risos) Mas eu adoro trilha e natureza.

iBahia - Você conhecia a região?
VM - Não conhecia a Chapada, tinha pouquíssimo tempo para ficar aqui hoje, mas deu tempo. Fui, tomei um banho rápido de cachoeira e me benzi. Foi ótimo.

iBahia - E gente tava observando o seu look trilha (vestido, sapatilha e um laço no pescoço)...
VM - (Risos) Foi um vestido básico de malha!

iBahia - Se seu passeio pelo Serrano, hoje, virasse um clip, qual seria a trilha musical?
VM - Meu Deus...! Acho que o Ryuichi Sakamoto, em uma trilha que ele fez para o filme 'O Último Imperador', uma coisa bem calma. Poderia ser também o Tom Jobim.

iBahia - Alguns críticos já consideram você a nova Marisa Monte, como você recebe esse tipo de comparação?
VM - Eu acho ótimo, já que ela é uma artista grandiosa e um exemplo que deu certo, mas acho que ela é ela, e eu tenho um trabalho a seguir, que demorou muito para chegar até aqui, com estudo, esforço e dedicação. É lógico que eu acho ótimo ser comparada com ela, que é um exemplo de esforço também, que tem uma música que não é passageira, que tem uma qualidade, cuidado com os arranjos. Acho que todo mundo é comparado, ela foi muito comparada a Gal Costa e eu também sou comparada a Gal. Isso é natural.

iBahia - Quais são seus ídolos na música?
VM - Luiz Gonzaga, Djavan, Caetano, Chico Buarque, lógico, ele é um Deus. Também a Gal Costa, Carmem Miranda, Tom Jobim, Gonzaguinha, Maria Bethânia...

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